Sobre EPs estranhos e coisas 'opcionais' entendidas

Sobre EPs estranhos e coisas 'opcionais' entendidas

por Pedro Felipe Higa Felizatto -
Número de respostas: 2

Olá 

Então, na última aula, conversei com o Coelho sobre algumas coisas que poderiam ou não ser feitas no EP13, por medo de fugir do propósito do EP, como: 

  • Poderia ignorar EPs que não tem uma certa sintaxe correta para comparação de plágio e colocá-los como um tipo especial? Faz sentido dado que se fosse compará-los em relação a brancos ou maquiagem, o EP que roda teria algo tipo print('oi'), enquanto o plagiado teria algo tipo print('oi' , e isso, ao comparar o plágio, não daria igualdade
  • O que fazer com EPs que tem certas palavras muito estranhas - não variaveis - como \ufeff ou ? Faz sentido marcar algo especial para eles?
  • Posso usar funções loucas do python dado que eu as entendi e documento tudo bonitinho?

Recebi de resposta algo como: 'tudo bem, faz aí, mas tem que ter o que tem que ter'

Logo estou sentindo que os EPs 12,13,14 são 'flexíveis', o que não acontecia pros outros EPs que fazia

Com essa postagem, gostaria de:

  • Ver se realmente ta tudo bem isso (com professores e monitores)
  • Avisar o pessoal que é que nem eu, meio preso e acha que tudo só tem uma resposta única, que ta tudo bem inventar umas coisas a mais pra facilitar as coisas depois
Em resposta à Pedro Felipe Higa Felizatto

Re: Sobre EPs estranhos e coisas 'opcionais' entendidas

por José Coelho de Pina -

Oi Pedro,

Muito obrigado pelo suas perguntas e iniciativa. Esse tipo de atitude colabora com o processo de aprendizado em geral e de MAC0122 em particular.

Non scholæ sed vitæ discimus

Ver se realmente está tudo bem isso

Hmm.

A resposta pode ser mais complicada e muito loooongaaaaa. Vejamos uma versão curta.

O objetivo de qualquer processo educacional deve ser autonomia.

Desde o começo do ano vocês tem sido cada vez menos teleguiados. O objetivo de MAC0110+MAC0122 é que vocês desenvolvam uma certa habilidade de utilizar programação como ferramenta para resolver problemas. O paradoxo do aniversário, problema do colecionador de figurinhas e da máquina de votação exemplificaram o uso de programação (= Método de Monte) para resolver problemas.

Idealmente, o processo deve incentivar o pensamento criativo e crítico. É mais ou menos isso que diz Paulo Freire (link):

... ensinar ... não se trata de um ato de transmissão de conhecimentos, mas sim criação de oportunidades para a construção dos saberes, representando um processo de formação, na qual o educando se torna sujeito de seu conhecimento, porém, ambas as partes desse processo passam por um aprendizado.

A educação é uma experiência criadora, onde o aprender é uma experiência de quem cria e não de quem é teleguiado. É preciso ter curiosidade para aprender e ousadia para se lançar ao novo  (link).

Dito isso, gostaríamos que vocês resolvessem problemas com a menor interferência nossa possível. Para isso tivemos as oficinas. Os relatos das oficinas estão no wiki e no fórum para auxiliar.

Sabemos que isso tira vocês de uma certa zona de conforto, mas faz parte do processo no caminho de alguma autonomia.

Avisar o pessoal ... acha que tudo só tem uma resposta ..., que está tudo bem inventar...

Sim. O problema em que vocês estão trabalhando é rico. Há muitas ideias possíveis. Algumas apresentam resultados melhores e outras piores. Faz parte do processo de resolução de problemas. Não há certezas ou garantias...

 

Em resposta à José Coelho de Pina

Re: Sobre EPs estranhos e coisas 'opcionais' entendidas

por Carlos Hitoshi Morimoto -

Oi Pedro,

eu também queria agradecer pelas perguntas e aproveitar para complementar a resposta do Coelho com um trechinho do Roda Viva de umas 2 semanas atrás. O vídeo está disponível em 

Por volta do minuto 52, o Paulo Saldiva diz que "... o grande problema da educação é você aprender por si mesmo ... e a ciência é um dos bons métodos para você aprender a utilizar situações e problemas para resolver questões do seu cotidiano, para melhorar a sua vida ... ". E é mais difícil aprender por si mesmo sendo teleguiado.

Plagiando um pouco o Coelho, o processo de 'tirar as rodinhas", de ganhar autonomia e liberdade nas escolhas que você faz, nas decisões que você toma, gera um "desconforto' (acho que vale a pena ouvir 

). Faz parte do processo de resolução de problemas. Não há certezas ou garantias...